quarta-feira, 18 de maio de 2011

La armonización de México

A harmonização de hoje não estava no programa - estou na cidade do México a trabalho, e fomos convidados pelo pessoal da empresa para jantar. Fomos num restaurante grande, muitas alternativas de frutos do mar, uma bonita e farta adega.

Deixamos aos cuidados dos nossos amigos mexicanos a escolha do vinho. As entradinhas, tortilha com marisco, uma fatia de batata cozida com pedaços temperados de polvo cozido, entre outra coisas, estavam muito boas. O vinho escolhido harmonizou muito bem com a primeira tortilha.


O vinho, um tinto español, chamado Matarromera, Crianza (o que significa que passou por carvalho, mas não informa quanto tempo, - chequei na internet e descobri que foram 12 meses em barrica de carvalho americano - http://www.aporvino.com/comprar_vino/matarromera-crianza-2007-p-2794.html), era da safra de 2007, com 14,5% de alcool. mas não indicava o nome da uva - checando na Internet, o nome era Tinta del Pais.


Os taninos estavam MUITO redondos, e o corpo estava denso, volumoso na boca, não se sentia o alcool que estava equilibrado com a acidez, chegando a deixar o vinho aveludado, untuoso na boca.

O prato escolhido, sugerido pelo maitre, foi uma massa com frutos do mar. Infelizmente o prato desequilibrou-se do vinho, estando muito suave, e o molho de tomate um bocado adocicado, perdendo para o corpo do vinho. Como todos estavam bebendo este vinho, continuei jantando com o vinho que estava sendo servido - deveria ter tentado uma carne, mas num restaurante de frutos do mar, não ia recusar uma sugestão. O prato era composto de espagheti (cozido mais do que al dente), cortado em pedaços pequenos de 30 cm (o que matava o prazer italiano de enrolar o espagheti no garfo), molho de tomate, pedaços de camarão, polvo, lulas, e acho que mariscos. O molho estava adocicado. Quando coloquei um pouco mais de sal na massa, o vinho melhorou muito na boca.


Isto talvez seja algo a ser considerado quando for tomar um vinho tinto com maior corpo: buscar sempre pratos mais salgados, fugir de temperos suaves e adocicados.

Talvez um bom Chardonay, passado em carvalho, encorpado e com maior amargor tivesse feito mais sucesso com este prato. Quanto ao vinho degustado, acompanharia fácil um filé a Chateaubriand, ou um filé apenas grelhado.

Para concluir, tomamos um ótimo café expresso (provavelmente de origem colombina) e fumamos um charuto. Danilo, grato pela companhia e pelo prazer da conversa durante as bafarodas de charuto.

As imagens, só quando voltar para o Brasil, não trouxe o cabo da câmera.... :( :(..... OBS. hoje é dia 23/05, já de volta ao Brasil.

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